Em termos simples, o entendimento, ou abordagem de sistemas complexos pode contribuir com a tomada de decisão ao:
1) Utilizar-se de 'modelos' como ferramenta de comunicação e visualização entre especialistas e políticos;
2) Ainda como facilitador na comunicação entre áreas distintas do conhecimento (advogados, biólogos ou economistas);
3) Alterando a ênfase da Política para o prognóstico. Experimentar (com baixo custo), antes de implementar. Verificar interações com outros setores, outras políticas.
4) Ênfase ainda na dinamicidade das políticas. Ou seja, os aspectos espaciais e temporais estão explícitos na abordagem.
5) Maior aplicabilidade a fenômenos complexos (que incluem não-linearidades e fortes interações).
Enfim, recomendo a leitura do primeiro capítulo do livro recém-lançado (fruto do seminário de 2014), disponível para download grátis em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=25860&Itemid=383
O capítulo 9, de Herbert Dawid, da Universidade Bielefeld explícita essa complementaridade para a economia.
O prefácio de Scott Page nos lembra que quantos mais modelos, com variadas metodologias, melhor conhecimento do fenômeno.
E, finalmente, Bernardo Mueller questiona, no capítulo 12, se a avaliação de políticas públicas deveria permanecer como é feita hoje, dada a abordagem de sistemas complexos.