Embora não concorde com políticas diferentes de seleção de alunos estabelecida pelo governo e ache que o vestibular era uma boa forma de selecionar alunos, NÃO tenho como discutir se a heterogeneidade dos alunos é consequência ou não de uma política de cotas. De fato, quando era estudante já existia uma heterogeneidade bem grande quando se comparava os estudantes que passavam nas primeiras colocações e aqueles que estavam nas últimas colocações. Entretanto, acredito que agora é muito pior.
Se o governo mais uma vez joga o problema para a universidade, ela deve lidar com o problema. Em minha opinião, as disciplinas de primeiro semestre devem ter pré-requisitos, que nem todos alunos precisam fazer. No dia de matrícula, os alunos fazem uma prova que deve conter o conteúdo mínimo necessário para ele frequentar a universidade. Se ele não não tirar a nota mínima nessa prova, ele deve fazer essas disciplinas. Por exemplo, o aluno só poderá fazer Calculo I se fizer uma disciplina de Pré-Cálculo (se não tiver tirado nota mínima na prova).
Como gerir esse processo?
Para simplificar, suponha que um estudante do departamento de administração precisa fazer apenas duas disciplinas no primeiro semestre. Uma ofertada pelo Departamento de Economia e outra pelo Departamento de Matemática. O conteúdo da prova deve ser oferecido pelo departamento responsável pela disciplina, isto é, nesse caso Economia e Matemática. Entretanto, a aplicação da prova será feita pelo departamento que o aluno pertence, isto é, Administração.
Obviamente que os alunos que não tiverem a nota mínima nessa prova (por exemplo 70%)
precisarão cursar essas disciplinas de nivelamento. Os alunos tem incentivos claros de passar nessa prova, pois se não passarem atrasarão automaticamente seu curso em pelo menos um semestre.